A exploração acentuada dos recursos naturais
pelo ser humano, notadamente o ocidental, se deu a partir da Revolução
Industrial, quando a industrialização e as inovações tecnológicas propiciaram
um crescimento econômico considerável, acelerando o consumo de recursos e bens
à quase exaustão.
O processo de
urbanização e o crescimento desordenado da população mundial, juntos, vieram a
causar graves problemas ambientais, tais como a escassez dos recursos naturais,
poluição do ar e especialmente dos recursos hídricos que hoje são a pedra de
toque do planejamento da ocupação humana no planeta
Depois de séculos de
exploração, percebeu-se que o planeta caminhava rumo a um colapso. Somente nas
últimas décadas do século XX, a questão ambiental passou a ser vista como
problema global. Iniciou-se desde então a busca de soluções, a mobilização da
sociedade civil organizada, dos governantes das diferentes regiões do mundo e
dos meios de comunicação. Para Mendonça (1998, p. 68): Pode-se dizer, de modos
gerais, que as primeiras grandes manifestações sociais relativas à preocupação
com o meio ambiente foram decorrentes do pós-guerra.
Com a tomada de consciência dos problemas que há centenas
de anos vêm se acumulando, percebe-se também que era preciso fazer algo
urgente. Unir forças para melhorar e prolongar a vida na Terra, tentando
relacionar, a interdependência entre consumo, produção, qualidade de vida e o
uso dos recursos, levando em consideração as condições sócio-econômicas e as relações
que se estabelecem entre essas sociedades de territórios transfronteiriços tão
diversos entre si, mas tão próximos e dependentes.
O ser humano
percebeu, tardiamente, que a tecnologia moderna pode ser usada a serviço do
meio ambiente. Daí surge a busca por soluções conjuntas e integradas dos governos e representantes dos
outros setores produtivos, com uma participação mais ativa da sociedade, das
universidades e das Organizações não governamentais (ONGs).
Várias conferências
foram realizadas nos diferentes continentes, buscando caminhos para ajudar a
reverter essa degradação ambiental e rever soluções para o desenvolvimento
econômico sustentável, com mais justiça social, uma vez que o não
desenvolvimento econômico está relacionado à pobreza e miséria. (Patrícia Sousa
Pereira)
A exemplo disso, tivemos recentemente a Conferência das Nações
Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - a Rio+20. Realizada no período de 13 a 22 de
junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro a Rio+20 trouxe no bojo das discussões o
compromisso de definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas
décadas
Enquanto as grandes nações
mundiais não chegam a um consenso, uma saída para minimizar o impacto ambiental
que tem crescido muito nas últimas décadas é o processo de reciclagem. É claro
que sozinho não resolve o problema, mas contribui muito para reduzir a quantidade
de objetos que são jogados diariamente nos lixos. Com
isso a atividade economicamente produtiva a partir da reciclagem de material
sólido, líquido e gasoso vem crescendo muito no Brasil nos últimos anos. Isso
se deve a uma conscientização popular veiculada pelos meios de comunicação que tem gerado novas
atitudes e comportamentos em benefício
da preservação do planeta.
Nesse
contexto, foram dados novos rumos a resíduos que antes eram descartados,
contribuindo apenas para a poluição ambiental. Hoje, através da coleta, seleção
e/ou reciclagem de material extraído do lixo muitas famílias, principalmente
aquelas de baixa renda conseguem retirar o seu sustento, além de contribuir
para uma economia mundialmente sustentável.